O Tavira Sempre - Movimento Cívico anunciou em comunicado que quer travar a construção da nova ponte sobre o Rio Gilão, «por trazer mais carros para o centro histórico, num projeto que nunca foi alvo de discussão pública envolvendo a população e que tem sido duramente criticado pela evidente falta de sensibilidade arquitetónica».
Contesta a empreitada por ser «semelhante a um mero viaduto, com 10 metros de largura, em pleno centro histórico, a menos de 150 metros da ponte denominada romana,'ex-libris' e cartão de visita da cidade, não obedecendo a qualquer preocupação estética de integração da arquitetura típica da baixa tavirense».
Rejeita «liminarmente» qualquer faixa de passagem para carros na ponte, chamando a atenção para o facto de o projeto ter uma faixa para automóveis, «causando sobrecarga de trânsito e poluição no centro histórico ao arrepio daquilo que é a tendência mundial de retirar pressão sobre as cidades».
Além deste aspeto, reclama que a nova ponte «vai obrigar ao corte da zona pedonal do icónico Jardim do Coreto e conduzir carros para zonas onde não há soluções de estacionamento e em que deveriam ser privilegiadas as zonas pedonais, geradoras da fruição do espaço».
O Tavira Sempre - Movimento Cívico aponta no mesmo documento que a autarquia «tem ignorado, sistematicamente, todas as críticas e perguntas, não explicando a escolha do projeto, nem divulgando os estudos que o sustentam».
