Sociedade

Lagoa recebeu 15º Congresso dos Arquitetos e também António Costa

 
Terminou no passado sábado, 27 de Outubro, o 15º Congresso dos Arquitetos, que decorreu pela primeira vez no Algarve, com mais de 300 congressistas, entre Arquitetos, Arquitetos Paisagistas, Estudantes de Arquitetura e de representantes do Conselho Internacional dos Arquitetos de Língua Portuguesa e do Docomomo Ibérico.

 
Para José Manuel Pedrerinho, Presidente da Ordem dos Arquitectos a adesão registada foi "bastante superior à dos últimos Congressos realizados, numa clara demonstração das possibilidades da efectiva descentralização da OA, que urge ser replicada igualmente nas suas estruturas organizativas" disse, no discurso proferido na sessão solene de encerramento.  
 
O património e a prática profissional foram alguns dos assuntos abordados no Congresso, da Ordem dos Arquitetos, enquadrada nas celebrações dos 20 anos da sua constituição. 
 
O Congresso aprovou por unanimidade e aclamação um conjunto de recomendações, transmitidas e entregues ao Primeiro-Ministro, António Costa e à Secretária de Estado da Habitação, Ana Pinho, que participaram na Sessão Solene de Encerramento, que contou ainda com as presenças do Presidente do Congresso, Alexandre Burmester e do Presidente da Câmara Municipal de Lagoa, Francisco Martins.
 
A promoção de um entendimento político e da dimensão global de uma Arquitetura que vive e constrói a paisagem e a implementação de um Código de Edificação que simplifique e introduza transparência no procedimento administrativo, uniformizando-o, e que fomente a participação pública foram outras das reivindicações transmitidas por José Manuel Pedreirinho a António Costa.
 
"Defendemos uma qualidade do edificado que seja representativo de uma verdadeira cultura da construção, da qualidade e uma demonstração de inteligência. Um edificado sustentável, representativo de uma economia que se pretende circular e inclusiva. Para tal, consideramos fundamental o papel da educação e do desenvolvimento cultural, como forma de desenvolver uma cultura onde o papel do arquitecto na melhoria das condições de vida da sociedade possa ser claramente entendido e assumido." 
 
"Não queremos ser parte de um qualquer retrocesso civilizacional, mas sim ser parte da solução para a valorização do território que urge realizar, mas precisamos de condições para o fazer", afirmou ainda o representante dos arquitetos portugueses.
 
Em Portugal existem cerca de 25 mil licenciados em arquitetura, apenas 16 mil desenvolvem efetivamente atividade profissional.